UEFS de Todos: A REITORIA DA UEFS E SUAS FALSAS NARRATIVAS
O Grupo UEFS de Todos, em Nota à comunidade (no Blog da Feira e em suas redes sociais, 18/05/2020), denunciou a forma aligeirada com que a Reitoria da UEFS tentou aprovar uma proposta de calendário acadêmico de atividades de ensino em um formato remoto, sem realizar uma ampla discussão com professores, estudantes e excluindo os servidores técnicos administrativos do processo. Essa postura da Reitoria de aligeiramento, que traduz a limitação de pensamento de uma gestão, sofreu duras críticas inclusive da ADUFS (Associação dos Docentes da UEFS). Mas, como enfatizado na Nota à comunidade pelo Grupo UEFS de TODOS, felizmente a gestão de uma universidade pública não se dá unicamente pelas ações da Reitoria. O CONSU (Conselho Universitário) constituído pelos Diretores de Departamentos e representantes da comunidade universitária retirou da pauta a proposta apresentada, para que essa fosse amplamente discutida com estudantes, com servidores técnicos administrativos e com professores. No entanto, essa derrota não fez a Reitoria mudar de caminho e sim criar falsas narrativas para impor a sua proposta, que desde a sua concepção se mostrou excludente.
Cobrada para discutir e incluir a comunidade universitária nesse debate a Reitoria chamou as representações estudantis, que até aquele momento haviam sido excluídas das discussões, para conhecer a sua proposta. Participaram algumas entidades estudantis como o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e diversos Diretórios Acadêmicos, dentre eles: Administração, Filosofia, Psicologia, Letras, Geografia, Pedagogia, Engenharia da Computação, Enfermagem, Biologia, Agronomia, Direito e Medicina. O resultado da reunião foi divulgado em Nota e propagado em todos os espaços da UEFS pela Vice-Reitora. Para a Vice-Reitora o encontro com os estudantes “[...] foi uma reunião onde tivemos a oportunidade de aprofundar nossas percepções e discutir sobre a proposta de realização facultativa de período letivo extraordinário”. No entanto, a reunião com os estudantes foi um artifício para que a Reitoria construísse a falsa narrativa de que os estudantes apoiavam a sua proposta. Essa narrativa, buscava desconstruir o caráter excludente da proposta, que teria surtido efeito se não fosse a Carta Aberta à Reitoria (03/06/2020), amplamente divulgada nas redes sociais, assinada pelo DCE e parte dos Diretórios Acadêmicos presentes na reunião: Filosofia, Psicologia, Geografia, Enfermagem, Direito, e também, o Diretório Acadêmico de Matemática com críticas duras à Reitoria pela tentativa de utilização dos estudantes em favor de uma proposta que não foi apresentada para discussão. Na Nota, as representações estudantis afirmam que “[...] as entidades (estudantis) se recusam a serem instrumentalizadas para a reitoria passar uma falsa ideia de `amplo debate´ e validar projetos que são prejudiciais para os/as estudantes, abrindo precedentes ao sucateamento da nossa formação”.
AS FALSAS NARRATIVAS DA REITORIA precisam ser combatidas de forma dura e contundente pela comunidade universitária e pelas representações sindicais e estudantis dentro e fora da UEFS. Falsas narrativas não condizem com uma gestão que se apresenta como democrática, muito pelo contrário, encontra amparo em seguimentos antidemocráticos que têm ganhado voz, principalmente nesse momento de pandemia. Mas, não devemos esquecer que por traz do Reitor há um grupo que o apoiou e o respaldou durantes as eleições para Reitor e que tem se mantido em silêncio como um aceno de concordância e apoio.
UEFS de Todos, 08 de junho de 2020.